segunda-feira, abril 26, 2010
UHF no Calor da noite em Viseu
terça-feira, março 30, 2010
Canção nova dos UHF com download grátis no jornal Correio da Manhã
“O Vento Mudou” foi a canção que em 1967 representou Portugal no festival da Eurovisão, defendida pelo crooner Eduardo Nascimento.
Neste ressuscitar, de uma canção que respondia internamente na Primavera de 67 ao movimento flower power, os UHF construíram uma versão inebriante de ritmo que não ultrapassa os dois minutos de contágio – apetece logo voltar a ouvir.
Nuno Nazareth Fernandes, autor da música e amigo de António Manuel Ribeiro, assistiu emocionado à gravação.
Link: http://www.cmjornal.xl.pt/
Fica assim revelada a primeira amostra do futuro disco dos UHF.
Para ouvir também no myspace do grupo em http://www.myspace.com/uhfrock
sexta-feira, março 05, 2010
30 anos já dão história!
"UHF ou o canal maldito como quiserem. 30 anos de música neste país, neste Portugal dos pequeninos.
Formados em Almada em 1977, depressa deram cartas na cena musical portuguesa. Um som puro e inquietante que faz mexer, prestar atenção às palavras que António Manuel Ribeiro dispara para uma assistência rendida, perdida por aí numa terra qualquer, num palco qualquer.
António Manuel Ribeiro é um exemplo puro duro, é o homem da frente, uma personagem fascinante e inquietante diria. E, neste pai do rock português, que se divide entre a escrita de canções para os UHF, e a escrita de poemas editados nos seus 4 livros, reina o fascínio quando pega na guitarra eléctrica, quando assume o comando da banda. Líder nato que arrasta fãs por todo o lado, amado por uns, odiado por outros… sempre foi assim.
Da formação original resta António Manuel Ribeiro, se calhar pela persistência, pela coragem de dizer o que está mal, de apontar a arma em forma de palavra escrita ou cantada. Os textos escritos são de uma riqueza poética nada vulgar nos dias que correm, esses mesmos musicados por aquele toque único. É esta a essência da melodia, que põe o rock transpirado, na emoção que a música nos dá. Apenas a emoção fica no último acorde, quando o pano desce e a as luzes se apagam."
Carlos Costa
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
UHFans na rádio!
Chama-se ‘UHFans’ e é um programa de rádio semanal gerado no seio do Clube de Fãs dos UHF.
A estação emissora é a Popular FM – Apoio Total à Música Nacional – na frequência 90.9 da Grande Lisboa: para ouvir on line em http://www.msplinks.com/MDFodHRwOi8vd3d3LnBvcHVsYXJmbS5jb20v.
A partir do próximo dia 6 de Março, entre as 14 e as 15 horas, Paulo Sousa (apresentador), Francisco Rosário (coordenador) e Susana Roldão (produtora), darão corpo a uma iniciativa pioneira que celebra a ‘Nação dos UHF’. Luís do Ó e Paulo Inácio emprestarão o seu saber a colaborações regulares.
domingo, fevereiro 13, 2005
Santarém Solidária
Lembro-me de ter pensado por que raio os pontos? Mas outro pensamento mais forte ocupava já o meu espírito. UHF: Onde? Quando? Não é possível! Em Santarém?! O quando fez-me tremer da cabeça aos pés: 15 de Janeiro, sábado. Quase tive um colapso. Isto não me estava a acontecer. Era um pesadelo. Dia 15, sábado, tinha uma visita de estudo ao Porto. Déjà vu: no primeiro concerto da Glória do Ribatejo (aqui na zona) de 2004 eu também ia em direcção oposta….agora, com concerto em casa, vou eu a caminho do norte! A manhã desenrolou-se longa e penosa para quem queria desesperadamente mais esclarecimentos e confirmações sobre aquele folheto azul. Com o meu historial de azares já previa o filme: nunca conseguiria assistir ao concerto! Lá fui à Net e enviei SMS de socorro para saber a hora do concerto. Quando percebi, finalmente, que eu era das últimas a saber, que Santarém se tinha associado à onda de solidariedade para com as vítimas da catástrofe no Sudeste Asiático, tendo organizado um verdadeiro festival Rock com várias Bandas cá da zona, com os UHF a terminar este grande momento de festa – fiquei doente!
Tentando ser optimista fui sonhando com um regresso célere do Porto a tempo de, pelo menos, cumprimentar os UHF. Tenho um fanzinho de 9 anos cá em casa, a quem tentava poupar a dor de não poder assistir ao concerto. Escusado será dizer, que ele deve ter descoberto pouco depois de mim, por meios próprios. Estava encantadoramente excitadíssimo com a ideia de rever uma das suas bandas de rock preferidas. Não preciso de entrar em pormenores sobre o desapontamento, a desilusão que sentiu e expressou quando percebeu que não havia ninguém para o levar.
Santarém, Sábado, 15 de Janeiro de 2005, 23:00 – o Intercidades do Porto chega à estação de Santarém largando cerca de 50 pessoas de uma visita de estudo. Há uma gaja que corre como louca para o carro, despedindo-se dos demais em alta velocidade. Leva mais duas no carro e ainda tem de ir buscar o puto, que nem dorme só a sonhar com um certo concerto.
Ao estacionar o carro nas imediações do emblemático Largo do Seminário, ouve-se o “Quando” e a adrenalina sobe em flecha. O Largo do Seminário está iluminado como nunca esteve: há velas acesas espalhadas pelas escadas que sobem até à bela igreja, mesmo aos pés dos UHF que já mudam de tema. O som eleva-se pelas velhas paredes dos monumentos da antiga praça. A típica brisa ribatejana, que habitualmente envolve a cidade no seu planalto, corta qualquer coração aquecido. Mas o público não falhou. Veio ao chamado solidário e já se agita ao som dos sucessos da carreira desta banda mítica do rock português. E eles sucederam-se durante hora e meia, com encore incluído: Cavalos e a Menina Estás à … AMR foi prometendo que este era apenas o primeiro concerto da tour de 2005, para delírio dos fans. Pelo meio reencontrei os amigos da tribo de Alverca e mais alguns da Glória. E sabe tão bem…. este constante reencontro de amigos que ficam para sempre ligados afectivamente aos UHF. Sim, não se trata meramente de um clube de fans, pessoal. Não se vêem as longas filas de fans histéricas no final na caça do autógrafo. No final de cada concerto a história é só uma: o reencontro de amigos a quem os UHF nunca negaram a amizade, os cumprimentos, o convívio, enfim, aquele “Copo Contigo” de mais um concerto.
Pessoalmente, ficará para sempre na memória a emoção de os ter visto ao vivo, em casa, pois tal nunca acontecera, embora já cá estivessem estado há cerca de 20 anos. No geral, fica a inquietante alegria de ter ouvido testemunhos de jovens adolescentes, que assistiram ao concerto, dizer que a festa se salvou pelos UHF. O que há então de errado com as vendas de CDs? Porque não chegam os UHF a mais ouvintes e apreciadores? A luta continua, pois não somos egoístas: não os queremos só para nós. Quando se gosta, partilha-se e espalha-se a palavra….
Ah! Já me esquecia: o tal puto de 9 anos, delirou, claro.
Lena Neves
sábado, fevereiro 07, 2004
1º concerto de 2004
Foi mágica a noite de 24 de Janeiro em Glória do Ribatejo. As motas roncavam, a cerveja bebia-se e começava a instalar-se a loucura! Primeiro, o P.A começa a debitar a música dos Karpe Diem, uma das bandas que faz as primeiras partes dos UHF desta tour. Os Karpe acabam o seu concerto com uma homenagem aos UHF tocando a sua versão do tema “Concerto”, cantado em coro pela audiência que por esta altura já quase enchia a sala. Entre um banho de água aos guitarristas e um salto para a plateia, o vocalista apresenta a canção e diz que esta é a sua versão para o disco de tributo aos UHF! Na sala, já cheia por completo, apagam-se as luzes, e ouve-se o povo a chamar pela banda… ACR dá inicio ao concerto com o riff de Boogie com o Sr U, o povo delira e junta as mãos no ar a bater palmas ao ritmo da canção! Foi assim durante 2h45m inesquecíveis de puro Rock N` Roll! De Jorge Morreu a Cavalos de Corrida, de Os Putos Vieram Divertir-se a A Lágrima Caiu… Rapaz do Caleidoscópio, Na Tua Cama, Quando, Modelo Fotográfico, Joey Ramone… etc, ouve até uma estreia, Matas-me Com O Teu Olhar, grande canção rock! Mais uma para se tornar um clássico! Glória agradeceu, e foi para casa a cantarolar Matas-me com o teu olhar… Em Agosto cá estarão outra vez e desta para gravar o tão esperado disco ao vivo! Obrigado UHF. Só eu sei porquê |
(Foto de Nuno Moás)
sexta-feira, janeiro 23, 2004
UHF: O Meu Tríptico
(a todos os Malditos deste País)
Quero a redenção desta reformadora preguiça existencial!
Quero viver na perigosa ascética da vida,
Mergulhar no sacrifício libertador deste quarto...
Beber um copo deste suor acumulado no ritual dos dias!
Quero partilhar a solidão;
Convosco brindar ao êxtase orgásmico do sucesso!
Por esses breves instantes transformar os cinco dias
Num fim-de-semana mágico.
Quero a explosão total da criatividade do Ser,
Contra-reforma deste retiro revolucionário.
Quero o luar forte, brilhante e cheio
Na efémera comemoração deste prolongado silêncio.
Quero vibrar até à exaustão a apoteose dos 25 anos
Nesta vitória da humildade do ego!
Aperto
Os dias de vento
A sensibilidade à flor da pele
O sangue preso na garganta
Da vida!
Tanta depressão para quê?
Em breve seremos pó...
Força
Amo a luta e os desafios.
No palco da vida nunca há descanso
E de tempos a tempos o coração vem parar-nos às mãos...
Sinto o palpitar profundo do povo humilde e sincero,
Num ritual masoquista de irracionalidade probabilística.
Estou aqui para o que der e vier.
Firme e duro.
Radical na ânsia de beber apaixonadamente
Este verdadeiro cocktail cultural que corre no meu sangue.
Nuno Martins, Oeiras.
Visitantes: