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terça-feira, novembro 18, 2003

Cresci a ouvir UHF 

Agora que o calor partiu e o frio e a chuva tomam conta das novas vidas, surge a disponibilidade para a catarse.

Os UHF não serão a melhor banda do planeta, nem eu o maior fã do mundo. Mas isso pouco importa. Tudo é relativo. Eu penso o contrário. Não há melhor. Para os mais cépticos, e só para esses, não se esqueçam que o amor quase nunca se entende. Sente-se.

Os UHF sempre preencheram a minha vida. Sempre segui a banda de perto no plano criativo mas longe da sua vida atribulada, não com receio das limitações que isso possa gerar no processo criativo mas sim com medo que a banda se extinguisse: próximo do coração longe da vista.

Todos vivemos altos e baixos, amores e desamores, encontros e partidas. Esses temas percorrem toda a obra dos UHF. Mas as palavras do seu lider, o Poeta, transmitem uma mensagem de força. Essa força que tenho utilizado para ultrapassar as adversidades da vida. O Poeta tem funcionado quase como um lider espiritual, como um Deus, perdoem-me a comparação. A Deus não dirigimos palavra com medo que nos decepcione e foi por isso que percorri 25 anos no anonimato sempre parasitando a mensagem do Poeta. Mas Deus nunca nos decepciona! Uma vida activa para os UHF porque eterna já ela é!

Um muito obrigado ao AMR e aos UHF.

DS



domingo, novembro 16, 2003

Do Amor e da noite… 

11 de Novembro, pouco passava das nove e meia da noite quando António Manuel Ribeiro (AMR) entrou no pequeno auditório da Fnac do Colombo, em Lisboa. Confessando-se nervoso por estar diante de amigos a quem conhece pelo primeiro nome e por terem vindo tantos. Sem papeis, sem discurso preparado, AMR falou “par coeur”, de cor e com o coração…

Depois da (muito bem feita) apresentação do livro por Fernanda de Freitas, conhecida apresentadora de televisão, Paulo Anes e o próprio António Manuel Ribeiro brindaram-nos com a leitura de alguns poemas deste seu novo livro. Para quem nunca ouviu AMR dizer poesia, para além dos temas falados incluídos em quase todos os trabalhos de AMR e dos UHF, devo dizer-vos que é uma experiência marcante. AMR diz poesia ao nível dos maiores declamadores: a palavra ganhou plumas e golpe de asa e veio tocar -nos com leveza ou violência, ao sabor da voz e da alma….

“Se o Amor Fosse Azul Que Faríamos Nós da Noite?” vale a pena porque nos agarra e nos faz perceber que as lutas travadas por dentro podem tornar melhor o mundo lá fora…A poesia abre-nos os olhos, faz-nos assumir a justa indignação e a revolta contra a hipocrisia que alastra pelo mundo. A vida não é indolor e não há anestesias que impeçam as descidas ao inferno. Mas o regresso, tão difícil e tortuoso, parece ser uma especialidade de AMR que nos consegue transmitir a coragem e a esperança em tudo o que escreve, compõe e canta…

Sara Marina Augusto






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