sábado, outubro 04, 2003
Um estado de espírito
Foi um amigo... um grande amigo que me abriu a porta e eu... entrei.
Entrei pela porta grande... foi há mais ou menos um ano... o meu primeiro concerto... aquele concerto num bar em Almada. O aniversário (dizia ele), uma festa, um pouco num ambiente privado; faziam 24 anos de existência, os UHF.
Não era grande fã, mas, fui ver... era mais uma desculpa para sair de casa, mais uma noite para estar com amigos.
E lembro-me de um momento... irei lembrá-lo para o resto da minha vida... estávamos cá fora a fumar um “cigarro” quando do outro lado da rua aparece um puto vestido de preto... para o meu amigo era o Toninho... para mim, era o filho do Ribeirinho (aprendi a chamá-lo assim). Dirigiu-se a nós e cumprimentou-nos e, nesse momento, umas palavras ficaram-me na memória… “estás a deixar crescer o cabelo??? Voltaste para o ROCK”... (disse o puto). Não percebi aquelas palavras... naquele momento. Hoje, entendo-as.
Memorável concerto, mas, não entendia, aquele estado de espírito… o ambiente. O Ribeirinho falava com o público como se os conhecesse... e conhecia. Um gajo com uma toalha vermelha aos saltos... aos berros, outros mais recatados, a cantar também, e até, mais afinados... “Men... o gajo é doido!!!” Dizia eu.
Adorei... Fiquei, desde logo, fascinado com os riffs que rasgavam daquela Gibson branca e os temas tocados com garra... suor... paixão.
O novo site tinha sido posto na net por essa altura, também... fui visitá-lo.. e apercebi-me de um pormenor. Um chat. Entrei, e... Henrique... parece que era o gajo da toalha vermelha... entrei a medo... muito mais tarde, comecei a ficar mais íntimo. Todo o santo dia, o homem estava lá... tinha montado a tenda à frente do computador…e criámos confiança. Mais apareceram e formou-se um ambiente formidável... de companheirismo... trocavam-se impressões... tentava-se manter a chama acesa.
Os concertos seguiram-se... Loures... as fnacs... e Marinhais foi o click... grande concerto, grande público.
E foi a oportunidade de conhecer os amigos do chat... os verdadeiros fãs.
Comecei a andar com uma pequena câmara digital e as fotos começaram a girar... algumas boas fotos... em algumas, consegui captar a paixão com que sobem a palco. Hoje, tenho orgulho de que os fãs as mostrem com vaidade.
Fui convidado a ir à Mealhada e, aí, aprendi o conceito de culto. Fãs de todos os lados, de norte a sul, e mais um grande concerto, mais fotos, mais ROCK.
Conheci muito boa gente, tenho passado momentos inesquecíveis, as palavras das canções têm-me ajudado a ultrapassar os problemas da minha vida e aprendi que o Rock é um estado de espírito… uma chama que tento manter acesa na minha mente... no meu íntimo.
Muito obrigado a vocês porque vieram...
Para este meu mundo...
Karpe Diem
Nuno Gibson Moás, Vila Chã, Barreiro
Entrei pela porta grande... foi há mais ou menos um ano... o meu primeiro concerto... aquele concerto num bar em Almada. O aniversário (dizia ele), uma festa, um pouco num ambiente privado; faziam 24 anos de existência, os UHF.
Não era grande fã, mas, fui ver... era mais uma desculpa para sair de casa, mais uma noite para estar com amigos.
E lembro-me de um momento... irei lembrá-lo para o resto da minha vida... estávamos cá fora a fumar um “cigarro” quando do outro lado da rua aparece um puto vestido de preto... para o meu amigo era o Toninho... para mim, era o filho do Ribeirinho (aprendi a chamá-lo assim). Dirigiu-se a nós e cumprimentou-nos e, nesse momento, umas palavras ficaram-me na memória… “estás a deixar crescer o cabelo??? Voltaste para o ROCK”... (disse o puto). Não percebi aquelas palavras... naquele momento. Hoje, entendo-as.
Memorável concerto, mas, não entendia, aquele estado de espírito… o ambiente. O Ribeirinho falava com o público como se os conhecesse... e conhecia. Um gajo com uma toalha vermelha aos saltos... aos berros, outros mais recatados, a cantar também, e até, mais afinados... “Men... o gajo é doido!!!” Dizia eu.
Adorei... Fiquei, desde logo, fascinado com os riffs que rasgavam daquela Gibson branca e os temas tocados com garra... suor... paixão.
O novo site tinha sido posto na net por essa altura, também... fui visitá-lo.. e apercebi-me de um pormenor. Um chat. Entrei, e... Henrique... parece que era o gajo da toalha vermelha... entrei a medo... muito mais tarde, comecei a ficar mais íntimo. Todo o santo dia, o homem estava lá... tinha montado a tenda à frente do computador…e criámos confiança. Mais apareceram e formou-se um ambiente formidável... de companheirismo... trocavam-se impressões... tentava-se manter a chama acesa.
Os concertos seguiram-se... Loures... as fnacs... e Marinhais foi o click... grande concerto, grande público.
E foi a oportunidade de conhecer os amigos do chat... os verdadeiros fãs.
Comecei a andar com uma pequena câmara digital e as fotos começaram a girar... algumas boas fotos... em algumas, consegui captar a paixão com que sobem a palco. Hoje, tenho orgulho de que os fãs as mostrem com vaidade.
Fui convidado a ir à Mealhada e, aí, aprendi o conceito de culto. Fãs de todos os lados, de norte a sul, e mais um grande concerto, mais fotos, mais ROCK.
Conheci muito boa gente, tenho passado momentos inesquecíveis, as palavras das canções têm-me ajudado a ultrapassar os problemas da minha vida e aprendi que o Rock é um estado de espírito… uma chama que tento manter acesa na minha mente... no meu íntimo.
Muito obrigado a vocês porque vieram...
Para este meu mundo...
Karpe Diem
Nuno Gibson Moás, Vila Chã, Barreiro
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